Polêmica em Cuiabá: ônibus do BRT serão entregues sem licitação

O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), criticou a decisão do governador Mauro Mendes (União) de não realizar licitação para a concessão do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido).

Segundo Brunini, os ônibus comprados para o modal serão entregues às atuais empresas que operam no transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, controladas pelo empresário Rômulo Botelho.

O deputado afirmou que a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU), liderada por Botelho, gerirá o BRT sem um processo de licitação.

De acordo com a licitação do BRT, o Estado será responsável pela aquisição de 56 ônibus elétricos para que as empresas operadoras possam realizar os serviços do BRT após a conclusão da infraestrutura.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) esclareceu que o Estado cuidará da compra dos ônibus elétricos, seja por contratação direta, locação ou concessão, e que a implantação operacional dos serviços ficará a cargo das atuais operadoras, conforme seus contratos de concessão, sob a gestão e regulação dos entes estaduais e municipais.

Recentemente, o governo do Estado vendeu os vagões do extinto Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao Estado da Bahia por R$ 793,7 milhões.

Além dos R$ 468 milhões destinados à obra do BRT, o governo prevê gastar cerca de R$ 250 milhões na compra dos 56 ônibus elétricos, totalizando um custo estimado de R$ 700 milhões para o novo modal.

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